Trabalhadores em Assembleia votam NÃO à proposta da Vector/Ciops

Ontem (28/03), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing do Ceará reuniu os trabalhadores em assembleia para votação sobre a proposta da empresa Vector de parcelar as verbas rescisórias alegando a não renovação de contrato com a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança – CIOPS/ Governo do Ceará.

A assembleia dos trabalhadores foi realizada de forma virtual por meio de live no instagram do Sintratel tanto para respeitar as medidas de biossegurança devido à pandemia da Covid-19 e também para possibilitar a participação dos trabalhadores que prestam serviço para a Vector e residem em Juazeiro do Norte e Sobral.

O presidente do Sintratel, Anderson Borja iniciou o momento fazendo uma memória sobre o processo de negociação logo após o anúncio da não renovação do contrato da Ciops com a Vector. De acordo com Anderson, tão logo a empresa procurou o sindicato para propor o parcelamento das dívidas, a diretoria rejeitou a proposta e depois disso a Vector entrou em contato com outro sindicato, que não representa a categoria, para aprovar o parcelamento junto aos trabalhadores, ” a posição do sindicato é de defesa dos trabalhadores e por isso somos contra esse parcelamento porque quem trabalha tem o direito de receber suas verbas em parcela única e isso é garantido por lei,” enfatizou.

A Vector é uma empresa terceirizada que presta serviço para o Governo do Estado por meio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança- CIOPS, dessa forma, os custos da licitação são de responsabilidade do Governo, ” por lei os trabalhadores tem direito de receber em parcela única. A empresa alega dificuldades, mas quem paga a empresa é o governo então existe sim o dinheiro para pagar o direito dos trabalhadores,” explicou o diretor jurídico do Sintratel, Jean Carlos Alves.

Durante a live, os trabalhadores postaram hastags como #naoaoparcelamento e também tiraram dúvidas sobre questões como situação das gestantes, aviso prévio, retroativo, devolução de insumos de trabalho como fardas. O advogado do Sintratel, Vianey Martins respondeu as indagações dos participantes e informou que, caso a demanda da assembleia não seja acatada, o sindicato vai entrar com uma medida judicial para que os valores sejam retidos pelo Estado com a finalidade de pagar as verbas rescisórias dos trabalhadores.

A votação ocorreu por meio de formulário disponibilizado no Google Forms e os trabalhadores tiveram de 12h às16h como período para votar na proposta. Ao final foram contabilizados 186 votos sendo todos contrários ao parcelamento das rescisões de trabalho.

Assessoria de Comunicação do Sintratel